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Tomada de Monte Castello: Uma saga de heroísmo

A tomada de Monte Castello

“Por mais terras que eu percorra, Não permita Deus que eu morra. Sem que volte para lá …”.

E foi assim, com esse trecho da canção do expedicionário, que os soldados brasileiros, carinhosamente chamados de “Pracinhas”, fizeram quatro tentativas para a aquela que seria a maior conquista da Força Expedicionária Brasileira (FEB) nos campos da Itália: A conquista de Monte Castello.
Entre 24 de novembro de 1944 e 21 de fevereiro de 1945, a Batalha de Monte Castello marcou a primeira vitória brasileira durante o conflito entre as tropas aliadas e as forças do Exército Alemão. Essa foi a participação mais marcante da Força Expedicionária Brasileira em todos os combates da Segunda Guerra Mundial.
A missão era conquistar uma elevação na região dos Apeninos: Monte Castello. Para que os Aliados pudessem alcançar Bolonha, era preciso romper a Linha Gótica, um complexo defensivo dos alemães, formado por fortificações nos montes Apeninos. Se conseguissem rompê-la, os Aliados poderiam utilizar uma estrada conhecida como Rota 64. Do alto das montanhas e colinas, os alemães podiam ver os inimigos tentando avançar. Sem o fator surpresa, os adversários podiam ser facilmente atingidos pelos tiros das metralhadoras alemãs MG42, apelidadas de “Lurdinha” pelos brasileiros.
Além de se protegerem do inimigo, os brasileiros precisavam ter habilidades de alpinista. Cada pracinha carregava cerca de 25 quilos de equipamento, embora não houvessem recebido treinamento para o combate em montanhas.
As primeiras tentativas de tomar Monte Castello, em novembro, foram fracassadas. Em dezembro, as nevascas e o intenso frio do inverno europeu tornaram as condições ainda mais complicadas para os brasileiros.
Após o final do inverno, em fevereiro de 1945, uma nova operação foi iniciada. Os brasileiros atacaram com a 10ª Divisão de Montanha do Exército Americano e, no dia 21 de fevereiro, após doze horas de combate, finalmente conquistaram Monte Castello.
Sob a vinculação da 3ª Divisão de Exército, temos dois pracinhas: o Sr Aribides Rodrigues Pereira, residente em Santa Maria e o Sr Taltibio de Mello Custódio, residente em Júlio de Castilhos. Ambos participaram das Campanhas da FEB na Itália e ambos completaram no ano passado, 100 anos de vida. E eles nos contam como foi a tomada de Monte Castello, desde a preparação até o dia daquele feito histórico.

A preparação
“A Batalha de Monte Castello, foi muito detalhada. Eles nos colocaram em diferentes posições na base do morro, lado direito, centro e lado esquerdo. A partir de 24 de novembro foram feitas 4 tentativas que não deram certo. Eu participei de 3 tentativas”, comentou o Sr Taltibio.

A ocupação
“A ocupação não foi nada fácil. A missão era envolver todo o morro em coordenação com a ofensiva americana que já havia conquistado Belvedere e arrancar Monte Castello do domínio alemão até o fim da tarde”, relatam os Pracinhas.

Os dias após a ocupação de Monte Castello
“Seguiram-se as operações de limpeza e ocupação definitiva do local e o Regimento Sampaio instalou-se no Monte Castello. Assim, a FEB escreveu o capítulo mais emocionante da sua vida. Monte Castello resistiu 3 meses às investidas dos aliados. A tomada, assinalou o início de uma série de vitórias para as nossas Forças. Vitórias que elevaram o nome do Brasil e o prestígio do nosso Exército a um lugar de destaque nas páginas da história mundial”.
Por tudo isso, e por aqueles que tombaram na batalha, a Tomada de Monte Castello representa um feito inédito da FEB, tornando-se um divisor de águas no avanço de nossas tropas na ofensiva contra os países do eixo.

2021.2.25 3de memorias m castelo

Crédito: Com Soc 3ª DE

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