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Memórias da Guarnição - O patrono da artilharia

Santa Maria (RS) - Marechal Emílio Luiz Mallet - Barão de Itapevi

Na semana em que comemoramos o dia da Artilharia e o nascimento do Marechal Mallet, o Caderno Memórias da Guarnição revive a história do primeiro dos patronos e que, neste ano, devido a pandemia da COVID-19 não será realizada a justa homenagem ao Marechal Mallet como ocorre anualmente na Festa Nacional da Artilharia (FENART) no Regimento Mallet, onde repousam os restos mortais do marechal e da esposa.

Emílio Luiz Mallet nasceu na cidade francesa de Dunquerque, em 10 de maio de 1801, vindo para o Brasil em 1817. Com a Independência, o novo Império precisava organizar seu Exército. Por isto, mesmo sendo estrangeiro, Mallet foi aceito como cadete em novembro de 1822 e ingressou na Escola Militar em 1823, mesmo ano em que se naturalizou brasileiro.

Lutou na Guerra da Cisplatina (1825-1828). Em 1831, foi demitido do serviço ativo “por não ser brasileiro nato” e passou a dedicar-se a atividades rurais. Entretanto, com a eclosão da Revolução Farroupilha, foi convocado em 1837. Recebeu posto de major da Guarda Nacional, lutando inclusive sob as ordens de Caxias. Terminado o conflito, voltou às atividades civis. Retornou definitivamente ao Exército em 1851, quando foi lutar na Guerra contra Oribe e Rosas. Em 1864-1865, combateu na Guerra contra Aguirre nas guerras do período colonial na região do Prata.

Na Guerra da Tríplice Aliança, Emílio Mallet comandou o 1º Regimento de artilharia a Cavalo que, entre outras atuações marcantes, foi um elemento chave na Batalha de Tuiuti, travada em 24 de maio de 1866. A eficiência e eficácia de suas guarnições valeram a essas o apelido de “artilharia revólver”. Além disto, houve a astuciosa decisão de proteger a linha de fogo com um largo e profundo fosso. Com isso, Mallet foi um dos responsáveis por impedir o avanço das tropas paraguaias e, ao final, garantir a vitória dos aliados. Participou de toda a guerra, acompanhado por seus três filhos. Seguiu na carreira militar, tendo sido comandante da atual 7ª Região Militar. Alcançou todos os postos, chegando a general de exército. Faleceu aos oitenta e quatro anos.

Os restos mortais do Marechal Emílio Luiz Mallet e de sua esposa, Joaquina Castorina de Medeiros Mallet estão no mausoléu construído no quartel do “Regimento Mallet”, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, sucessor de seu velho 1º Regimento.

2020.6.11 Memórias da Guarnição

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