Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Todas as Notícias > Os Pioneiro do Colégio do Vagão
Início do conteúdo da página

Os Pioneiro do Colégio do Vagão

Santa Maria (RS) - A coluna "Memórias da Guarnição" do dia 9 de abril homenageia a Turma Pioneira do Colégio Militar de Santa Maria.

O Colégio Militar de Santa Maria (CMSM) foi mencionado pela primeira vez em um artigo de um jornal local, em setembro de 1957, cujo o texto de autoria do então Tenente Farmacêutico Luiz Prates Carrion fez a sugestão da criação do Colégio Militar, na cidade “Coração do Rio Grande”.
O sonho foi concretizado em 22 de março de 1994, quando foi aprovada a criação do mais novo colégio militar do Brasil. A inauguração ocorreu em 19 de novembro de 1998.
O nome “Colégio do vagão” se refere ao fato de dois vagões que foram cedidos pela Viação Férrea para suprir a falta de salas de aulas e, estas salas, dentro dos vagões, foram utilizadas especificamente para o ensino de língua estrangeira. Uma instituição com viés educacional e também militar, que é constituída por docentes civis e militares, foi criando os alicerces para a formação pessoal e profissional de seus alunos.
A importância da docência foi fundamental naquela época, assim como é nos dias atuais. A Professora Simone Marostega, que leciona Arte há 23 anos no CMSM, destaca que a motivação em escolher o colégio militar para lecionar foi pelo “fazer do magistério” e “suporte nos seus próprios valores”. Ela comenta que pôde enxergar neste espaço um lugar para aliar estes dois olhares, ensino e educação, com base nos valores que acredita.
“A motivação para lecionar no Colégio Militar foi a perspectiva de desenvolver um trabalho junto a uma instituição tão conceituada como o Exército Brasileiro, em uma metodologia de ensino, até então, totalmente nova em Santa Maria”, citou a Professora Lyselenne de Avila Lencina, que leciona educação física e está no CMSM desde o início, com a expectativa de que esse novo modelo lhe proporcionasse maximizar todos os conhecimentos obtidos nos bancos acadêmicos da UFSM.
“Superávamos todas as dificuldades que surgiam. Desde o início das atividades do colégio, os obstáculos foram vencidos com amor à Pátria, tudo em prol da educação e do bem estar dos alunos”, comenta o capitão Guido Zeni, primeiro comandante da 1ª Companhia de Alunos, função exercida de janeiro de 1996 a março de 1991.
O sargento Luciano Alencastro de Mello, um dos primeiros monitores e que ainda está no CMSM, relatou, juntos aos colegas militares, deixava uma semente para o futuro da nação. Desta forma, empenhou-se em dar o melhor de si para um projeto voltado a nossas crianças. No colégio militar ensina-se para a vida, formando cidadãos conscientes que fazem parte de algo maior, o Brasil.
Michael Zeppenfeld, aprovado em 1º lugar no 1º Concurso do CMSM,escolheu o CMSM, motivado pela profissão do pai.
“Como o colégio tinha a estrutura e o nome do Exército Brasileiro, as expectativas eram grandes. As turmas eram pequenas e a seleção foi apenas para 5ª e 6ª séries, e como todos eram muito próximos, inclusive alunos e professores, criou-se um clima de família. Tenho muita saudade da época do Colégio Militar”.
Lilian Trevisan Nunes Becker, umas das primeiras alunas do CMSM, decidiu estudar no Colégio Militar depois que assistiu a comerciais sobre a instituição. Com o apoio dos pais, que ficaram surpresos quando ela pediu para fazer o concurso, ela fez a seleção sem muitas expectativas. Além de ser muito nova, aquela era a primeira vez que Lilian enfrentaria um desafio com tal proporção. “Foram anos maravilhosos, nos quais forjei amizades que perduram até o dia de hoje. Éramos uma família, alunos, professores e comandantes. O mais gratificante é saber que fiz parte da história dessa escola, passando por todas as fases, com aulas no prédio antigo, nos vagões, em salas do quartel do Parque, até irmos para o tão sonhado prédio novo. Vivi meus melhores anos dentro do CMSM e tenho imenso orgulho em fazer parte dessa história”.

2020.4.9 memorias cmsm

registrado em:
Fim do conteúdo da página