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Memória da Guarnição - Os Blindados históricos da 3ª DE

Santa Maria (RS) - A coluna "Memórias da Guarnição" desta quinta-feira (9 Jul), destaca as viaturas de combate que fizeram parte do inventário militar das tropas da 3ª DE até a década de 70.

O emprego de cavalaria é intrínseca do sul do Brasil por causa da topografia plana dos pampas. Os quartéis da arma de cavalaria substituíram os cavalos pelos blindados a partir da década de 40, acompanhando as evoluções do material militar do pós 2ª Guerra Mundial (2ª GM). A 3ª Divisão de Exército teve vários blindados ao longo destas décadas, atendendo a evolução dos blindados no Exército Brasileiro (EB). Vamos destacar as viaturas de combate que fizeram parte do inventário militar das tropas da 3ª DE até a década de 70.

O M3 Stuart era um tanque leve americano, que foi usado durante a 2ª GM pelas forças americanas e aliadas A produção do veículo começou em março de 1941 e continuou até outubro de 1943. O armamento do M3 consistia de um canhão de 37 mm e metralhadora .30 Browning. O Stuart M3, que entre a tropa era conhecido como “PERERECA”, devido serem pintados de verde e por pularem muito ao transitarem no campo. Foi empregado nos Batalhões de Carro de Combate Leve (BCCL), como o 3º BCCL hoje 29º Batalhão de Infantaria Blindada, em Santa Maria, e na função de reconhecimento nos Regimentos de Cavalaria Mecanizada, permanecendo em serviço até a década de 70.
Os carros de combate X1 foram um aproveitamento da disponibilidade de unidades e peças, dos carros Stuart. Este veículo serviu de base para o desenvolvimento de blindados no Brasil. Possuia um novo motor Scania de 300hp a diesel, suspensão modernizada, nova blindagem superior, controle de tiro e uma nova torre com canhão DEFA 90 mm. Na versão X1A2 - construído a partir da versão X1A1, foram feitas grandes modificações, desaparecendo qualquer semelhança com o Stuart original. O veículo pesava 19 toneladas, tinha três tripulantes e canhão Cockerill de 90 mm.

Os primeiros carros de combate M-4 Sherman chegaram ao Brasil em plena 2ª GM, para equipar unidades recém-criadas no EB. Durante e no pós-guerra o Exército recebeu aproximadamente 80 Sherman das versões M-4, M4-A1 e M-4 Composite Hull, que passaram a equipar diversas unidades blindadas até o final dos anos 60. Estas viaturas foram dotação do 4º Regimento de carros de Combate (4º RCC) em Rosário do Sul e 6º Regimento de Cavalaria Blindada (6º RCB), em Alegrete.

Em 1941, o Exército Americano, adotou o carro M8 Greyhoud, antitanque leve e de reconhecimento para as tropas de cavalaria, veículo blindado leve sobre rodas com tração 6X6, que deveria armado com um canhão de 37 mm instalado em uma torre giratória dispondo ainda de duas metralhadoras Bronwing .50. para autodefesa. Seguindo a estrutura padrão do Exército Americano na 2ª GM, havia a necessidade em se compor na FEB de uma unidade reconhecimento mecanizada, nascendo assim o 1º Esquadrão de Reconhecimento da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária. Após a guerra os M8 continuaram empregados como viatura de reconhecimento na cavalaria mecanizada até a substituição pelas viaturas cascavel de fabricação nacional.

No final da década de 1950 o EB contava com uma grande frota de carros blindados que foram recebidos entre 1942 e 1945 estando todos obsoletos. A solução para este problema seria a aquisição de novos carros de combate (mesmo que em uma pequena quantidade) que possibilitaria assim a modernização da força blindada do EB. A escolha recaiu sobre os carros de combate M41 Walker Buldog de fabricação norte-americana. Os primeiros desse modelo foram recebidos no Rio de Janeiro em 1960 e distribuídos aos 1º e 2º Regimento de Reconhecimento Mecanizado localizados nas cidades de Porto Alegre e Santo Ângelo no Rio Grande do Sul e ao Regimento de Reconhecimento Mecanizado do Rio de Janeiro. Nestas unidades os novos carros de combate a substituir os antigos carros de combate leves M3 e M3A1 Stuart.Ao substituir os antigos carros de combate, o M41 trouxe ao EB inovações tecnológicas de grande monta, como torres com sistema de acionamento hidráulico da torre, maior velocidade de deslocamento, sistemas de mira. O M41 integrou o 4º Regimento de Carros de Combate, em Rosário do Sul, além dos 4º e 6º Regimentos de Cavalaria Blindado em São Luiz Gonzaga e Alegrete, respectivamente.

Cada um destes modelos de viaturas de combate representou um avanço do EB e da 3ª DE na sua capacidade de defesa e materializou a busca constante pela atualização dos meios de combate blindados que caracterizam as tropas da Divisão Encouraçada.

Fonte das fotos: http://www.armasnacionais.com/

2020.7.9 BlindadosDE

Créditos: Com Soc 3ª DE

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